Por 7 anos eu pratiquei circo como meu esporte principal. Acrobacias de solo, saltos, tecido e cama elástica eram minhas principais atividades (muitos vídeos aqui). A ideia das acrobacias é sempre parecer que é fácil, por mais difícil e doloroso que seja, de fato.
Registrar os momentos e movimentos sempre foi uma grande diversão para mim durante os treinos, fiz centenas de fotos e vídeos de tudo que dava certo, e claro, do que dava errado.
Um dia, após finalizar um exercício no tecido, deitei no colchão, morto, e fiquei olhando a Dani, personagem da foto, continuar seu número. Foi quando vi aquilo por um ângulo completamente diferente do que estava acostumado. A luz batia diferente, os cabelos dela se transformavam com a gravidade . Era tudo muito bonito para não registrar. Aqui a publicação original, em 2012
Dica:
A partir deste dia, comecei a olhar os números de tecido de outra forma, procurar novos pontos de vista para registrar.
Essa foto é uma das minhas preferidas. E como eu disse no começo, sempre fazer parecer fácil o que não é.
Você acha que esse sorriso não estava carregado de dores? Mas como a gente sempre diz, no circo, quando doe, machuca e rala:
É A ARTE ENTRANDO!
foto feita com um iPhone 4